Quantos dias faltam para o Natal? Ah, já passou. (Ufa)
Talvez este seja um desabafo de negação em relação ao fim de semana louco que já passou, frenético e cheio de coisas que durante o ano não persistem. Perdi o espírito de Natal. Não sei onde. Não sei porquê. Mas perdi-o. Perdi também a paciência para as pessoas. E a capacidade para lhes compreender os dramas. Afinal são tantos e nenhuns.
Mas o que é afinal o Natal, nos dias de hoje? Mais um dia no calendário? O excessivo movimento de compras, uma árvore carregada de presentes e uma mesa cheia do que comer? Não estou a saber lidar com esta fase do ano que em anos me causou muito entusiasmo. Será a idade que nos muda, ou a forma como analisamos a vida é que transforma todas as nossas ideias e ideais? E o que se sente? O que é que move as pessoas? Que sentimentos persistem e subsistem?
Sou pessoa de ter perdido o espírito de vez. Este e outros tantos. Até de ter perdido muita coisa mais. Sou pessoa de não gostar do planeado, mesmo que a organização seja um dos lemas. Sou menina de gostar mais das surpresas. Do inesperado. Do que não estou a contar.
Mas penso que as pessoas se concentram mais em agradar do que propriamente em fazerem-se sentir. Do consumo excessivo. Do amor abusivo. Das máscaras. Do irreal. Do que não é verdade. Do que fazem parecer.
Dura realidade esta que atravessamos.
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